Catasetum Rich. ex Kunth, Syn. Pl. 1: 330 (1822).Este invulgar grupo de orquídeas presenteia-nos com fascinantes flores cerosas, que frequentemente têm o hábito peculiar de projectar as suas massas de pólen (polinídeas) aos polinizadores. Quase sempre caducifólias, estas plantas, que possuem pseudobolbos, têm períodos de crescimento e repouso bem definidos. A maior parte dos catássetos floresce antes de entrar num período de dormência em que perde as folhas.
A luz deve ser forte, particularmente no final do período de crescimento. No início do ciclo de crescimento anual as plantas podem tolerar menos luz, de 15 000 a 30 000 lx. As plantas crescem melhor com níveis de luz entre os 30 000 e os 60 000 lx, ou seja, ½ a ¾ de sol pleno. Para fortalecer os pseudobolbos, aumentar ligeiramente a luz durante o crescimento.
Estas plantas são nativas de áreas tropicais quentes e crescem durante o período chuvoso, nos meses de verão. Durante este período de crescimento, as temperaturas diurnas podem ser de 25 a 40ºC e as nocturnas de 15 a 18 ºC. Após o amadurecimento dos pseudobolbos as temperaturas podem ser reduzidas para 12 ºC de noite e de 20 a 25 ºC de dia. Estas plantas podem aguentar períodos de temperatura ainda mais baixos se forem mantidas secas. A frequência de rega é um factor crítico para a produção de pseudobolbos grandes, que resultarão numa melhor floração. A planta tem que armazenar uma grande quantidade de água durante uma estação de crescimento relativamente curta. Regar em abundância durante a formação de folhas novas. Reduzir gradualmente a frequência das regas à medida que o pseudobolbo vai amadurecendo. As folhas amarelecerão, acabando por cair. Nesta altura, parar com a rega completamente até ao aparecimento de novos rebentos. Neste período, regar só se houver um enrugamento dramático dos pseudobolbos. A humidade deve ser de 40% a 60%. Estes valores são possíveis em casa colocando as plantas em tabuleiros com cascalho, apenas parcialmente cheios de forma a que a planta não toque na água. O ar deve sempre circular entre as plantas para evitar as doenças por fungos ou bactérias, principalmente se a humidade é elevada ou as temperaturas baixas. Numa estufa, a melhor maneira de aumentar a humidade é o uso de um humidificador. Os refrigeradores por evaporação aumentam a humidade e arrefecem o ar. Fertilizar e regar com regularidade para a produção de pseudobolbos fortes. As aplicações frequentes de concentrações baixas de adubo são mais eficazes que aplicações ocasionais mais concentradas. No entanto, as concentrações de adubo para estas plantas podem ser mais elevadas do que para a maioria das orquídeas, pode-se mesmo usar a concentração indicada pelo fabricante. O novo envasamento deve coincidir com os primeiros sinais de crescimento, geralmente na Primavera. As raízes novas são produzidas rapidamente nessa altura, e as plantas quase nem se ressentirão com a mudança. Estas plantas têm sistemas radiculares vigorosos e precisam de um substrato rico e húmido durante a estação de crescimento. Muitos cultivadores retiram as plantas do substrato durante o período de repouso, deixando as raízes descobertas, para assegurar que permanecem secas nessa fase. Para os vasos pequenos, usar substratos com casca de pinheiro de tamanho pequeno; a de tamanho médio só é usada em vasos grandes. O esfagno tem sido usado com sucesso em muitas zonas, devido à sua enorme capacidade de retenção de água e adubo. Algumas plantas podem ser montadas em placas de feto arbóreo ou outros materiais, o que torna mais fácil mantê-las secas durante o período de repouso; no entanto, torna-se mais difícil mantê-las húmidas durante o crescimento. Quando bem cultivadas, estas orquídeas podem ser divididas em apenas um pseudobolbo adulto, e o primeiro rebento que produzir dará flor. Algumas plantas mais reluntantes a florir beneficiam se forem montadas ou cultivadas em cestos. Os aranhiços são uma praga comum nestas orquídeas, bem como outras pragas que gostam de folhas finas e tenras. |
Catasetum atratum Lindl.
Catasetum planiceps Lindl.
Catasetum barbatum (Lindl.) Lindl.
Catasetum sanguineum Lindl. & Paxton
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