Oriunda do sudeste asiático e ilhas do sudoeste do Pacífico com principal incidência no Bornéu, 70 espécies, é uma planta com flores grandes e atraentes. Assim como acontece com as plantas do género Dendrochillum o principal centro de dispersão é o Monte Kinabalu, localizado no Bornéu, um dos maiores centros de biodiversidade do planeta, a maior montanha da Malásia e classificada como Património Mundial da Unesco. Abriga 6000 espécies de plantas entre as quais muitas orquídeas.
Esta orquídea como muitas outras foi descrita em 1907 pelo botânico inglês Robert Allen Rolfe, que foi o primeiro curador do Royal Botanic Gardens of Kew e fundou a revista The Orchid Review, a revista mais antiga dedicada às orquídeas e provavelmente a mais influente do mundo. Foi adquirida em 1993 pelo RHS (Royal Horticultural Society). A Coelogyne moreana é uma planta de porte médio e crescimento simpodial. Possui uns pseudobulbos grandes de formato oval, lisos quando novos e sulcados com o passar do tempo. As suas flores são lindíssimas de um branco intenso com o labelo também branco mas pincelado de amarelo para o alaranjado no centro e exalando um perfume muito agradável. Eu cultivo o meu exemplar, donde provêm estas fotos montado num tronco. Ela gosta de muita humidade mas com uma secagem rápida das suas raízes, pelo que o estar montada favorece esta exigência. Gosta de 60% de sombreamento e aguenta entre os 5 º e os 35º. Eu cultivo-a na estufa quente, pois cuido melhor dela no que respeita a regas do que se estivesse no jardim. Tenho verificado que as Coelogynes praticamente todas desenvolvem-se bem no jardim, mesmo com muita rapidez, mas para puxar floré mais fácil na estufa quente. Uma dica muito importante para esta orquídea, é que detesta de ser mudada ou dividida. Se o fizer fica mais de dois anos sem dar flor. E como esta há muitas orquídeas que se comportam da mesma forma, pelo que devemos usar sempre um substrato com a base de casca de pinheiro mas misturando nela inertes, como carvão, argila expandida, pedrinha vulcânica, areão, cortiça, etc. para que o substrato fique muito arejada e dure muitos anos sem comprimir as raízes como acabava por acontecer se usarmos só casca de pinheiro.
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AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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