.Mais uma Cattleya. Notei que os postes sobre Cattleya são os que têm mais gostos. Por alguma coisa se diz que a Cattleya é a rainha das orquídeas. A Cattleya aurantiaca é considerada das mais pequenas. As Cattleya podem dividir-se em bifoliares e unifoliares, conform têm duas ou uma folha só a sair de cada pseudobulbo .De um modo geral as bifoliares são plantas que produzem poucas flores em cada pseudobulbo 3 a 4 mas de tamanho bem grande. Em contrapartida as bifoliares produzem mais quantidade de flores, mas muito mais pequenas. Também nos dá uma certa orientação para sabermos se podemos ou não colocar a orquídea no jardim todo o ano. As bifoliares adaptam-se melhor a temperaturas mais baixas, no entanto tenho no meu jardim uma outra bifoliar, e não me refiro à Laelia purpurata , e têm- se desenvolvido monstruosamente, mas não tenho conseguido po-las a florir.
Mas como a maior parte dos orquidófilos precisam da informação para o cultivo em casa, esta é uma orquídea fácil para qualquer orquidófilo e cresce muito depressa. O seu substrato é para epífitas. Tenho-me dado muito bem com a base de casca de pinheiro, argila expandida e carvão vegetal. Em vez de argila expandida, especialmente quando o substrato deve ser mais miúdo uso muito a pedrinha vulcânica. A principal finalidade dos inertes é evitar de ter de mudar de vaso logo que a casca de pinheiro se deteora, pois os inertes não permitem que o substrato fique compacto e continue arejado. Tenho notado quando mudo algum vaso que tenha no substrato pedra vulcânica, que elas estão agarradas às raízes da planta, o que prova como elas gostam deste tipo de pedra. Mas voltando a esta orquídea, escolham uma janela temperada, com bastante luz e não esqueça, nunca regue a sua orquídea que tem pseudobulbos sem que o substrato tenh secado.
1 Comentário
Esta Maxillaria proveniente de florestas costeiras do norte da Venezuela é uma boa orquídea para termos na nossa coleção. Desenvolve-se rapidamente e como cresce indiferentemente para um lado e para o outro é boa ser cultivada montada. No seu habitat encontra-se entre os 600m e os 1500m pelo que aprecia as temperaturas amenas. Eu cultivo-a montada sempre na estufa quente, com incidência de sol só pela manhã de nascente. Todas as minhas orquídeas montadas são regadas quando está um dia de sol. No entanto tenho o cuidado de verificar se as que estão mais sombreadas, e na parte mais baixa ainda, a maior parte são Bulbophyllum, têm as raízes molhadas. Se for o caso, espero pelo dia seguinte. Nesta altura do ano são regadas pela manhã quando a temperatura da estufa já ultrapassa os 19º. Se estiver nos 17º espero que aqueça um pouco, pois a rega vai arrefece-las ainda mais e não quero que isso aconteça. Todas as casas têm condições diferentes e que devem ser bem estudadas pelos seus donos. Uma orquídea que em certas condições se dá muito bem em minha casa, pode não se dar noutra. O orquidófilo deve ser um bom observador. Quando compra uma orquídea, deve informar-se de tudo sobre ela, e então depois escolher o seu lugar. Nas primeiras semanas, são semanas de observação para verificar se a planta se está a desenvolver como deve ser. Em caso contrário, deve-se escolher outro local até se encontrar o ideal. Uma vez encontrado, devemos insistir em orquídeas com as mesmas exigências e cultiva-las umas junto das outras.
Esta Maxillaria tem flores muito bonitas e com uma cor que sobressai sobre o seu verde forte das folhas. As flores são muito duradouras, duram mais de um mês. e se for bem cultivada pode florir várias vezes num ano, Este Dendrobium atinge uma envergadura bem grande. Desenvolve-se depressa e floresce sem dificuldade. Cultivo-o num vaso grande para ele se equilibrar, com substrato para epífitas. É cultivado todo o ano no jardim num local junto a um lago, o que dá bastante humidade ambiente e com alguns raios solares vindos de sul, mas semi filtrados por árvores, no entanto tem muita luminosidade. Ultimamente e por questão de poupar tempo, pois as orquídeas que estão já são mesmo muitas, estou a adubar tudo com o granulado para orquídeas. Evito ter de andar sempre a adubar, do que resultava por vezes não o fazer por falta de tempo e as roquídeas têm respondido muito bem e ainda não me morreu nenhuma. Tenho fora, Stanhopea, Bifrenaria, Coelogyne, Sobrália, Odonglossum grande, Lycaste, Anguloa,, diversas espécies de Dendrobium, Epidendrum, Sobralia, Oncidium, Masdevallia, muitas e diversas purpuratas, etc. e todas se estão a dar bem com o granulado.
Este Bulbophyllum está montado e pendurado numa parede da estufa quente, na qual pode nos meses mais frios apanhar uma réstia de raios solares vindos de parte envidraçada virada a nascente. Estando o tempo seco e com sol é regado todos os dias mesmo no inverno. Nesta época é regado logo pela manhã para estar seco à noite. Nos dias com nuvens ou chuva não rego, só se passarem muitos dias com essas condições e eu notar que as raízes já estão secas. A rega é feita de mangueira e a adubação é feita por mergulhia num recipiente para esse uso. Nos meses de muita luz desde o fim de março até princípios de outubro é adubado todos os oito dias, quando os dias são mais pequenos reduzo para uma vez por mês ou de 15 em 15 dias conforme as condições atmosféricas. Embora a luz natural seja menor, eu dou-lhe horas extra de luz artificial para imitar o habitat.
.Este é um Epidendrum que gosta de calor, temperaturas entre 13/40º. Pelo aspeto das folhas das orquídeas nós podemos aprender um pouco das suas necessidades. Folhas mais coreáceas, mais calor. Folhas teretes, tipo lápis, também gostam de calor e aguentam mais o sol sobre elas, não estão tão expostas e muito nos podem dizer o tipo de folha assim como o tipo de raiz. Este Epidendrum oriundo do México e América Central, pode-se cultivar montado ou em cachepot de madeira pendorado. As suas folhas podem atingir 40cm, aumenta com muita facilidade, portanto rapidamente se torna um exemplar grande. As suas flores brancas são muito perfumadas especialmente à noite, o que é comum às orquídeas brancas para chamarem os seus polinizadores durante a noite. As regas devem ser regulares sempre com o cuidado de deixar secar as raízes entre as regas. Esta é uma regra das orquídeas epífitas, pois na natureza depois de apanharem uma chuvada torrencial, vem de seguida uma brisa e calor que faz secar as raízes.
Vandas, como são conhecidas estas orquídeas, mas que na realidade são Ascocendas, um híbrido entre Vanda e Ascocentrum. Com 50 anos de experiência, podem calcular quantas vandas já passaram pela minha mão. Mas não foi assim há tantos anos que se começaram a comercializar as Vanda. Quando comecei a ter orquídeas, havia Paphiopedilum, Cymbidium, Cattleyas vindas do Brasil(não era proibido) e no antigo horto do Moreira da Silva por vezes encontrava-se um ou outro Dendrobium. Tentei diversas formas de cultivar Vanda. Duravam uns anos e depois lá iam! Como o meu espaço considerado estufa quente não é muito grande, elas começavam a aborrecer-me, pois estavam penduradas no varão da tela que é corrida para sombrear e andava sempre às cabeçadas nelas. Um dia a tela que é elétrica, ao começar a correr, levou com ela uma Vanda, ia estragando a estrutura que enrola a tela e a Vanda ficou toda estilhaçada. Foi a altura de mudar. Comprei cachepots de vidro transparente, coloquei com muito cuidado cada uma no seu cachepot, introduzindo só as raízes e coloquei tudo num parapeito de uma janela virada a sul, mas no verão o sol está velado pela folhagem de um jacarandá. Foi um prazer vê-las crescer, as coifas sempre vivas e hastes de flores maravilhosas, como se pode ver em diversas exposições onde estiveram, especialmente na exposição da Maia, pois nessa altura tenho bastantes em flor.(Julho) Rego-as enchendo o seu cachepot, só cobrindo as raízes e deixando ficar a água 15minutos. Depois volto a retirar a água e rego a seguinte. Ora eu quis dizer, rego a seguinte, pois este tipo de rega tem de ser muito cuidadoso e nenhuma orquídea pode estar doente. Pois comprei uma pela sua linda flor e não reparei que tinha fungos. Podem calcular como pegou logo às vizinhas e tive de andar a trata-las com todos os cuidados. Dominei os fungos, vendo as novas folhas a crescer verdinhas sem pintas, mas as antigas, não saem as pintas.
Numa ausência de 15 dias de férias, nas férias da Páscoa, deixei-as entregues a uma empregada que foi bem recomendada, mas perdi diversas. O que é que aconteceu? As raízes da Vanda ou da maior parte das orquídeas devem secar entre regas. Se a vanda foi regada e esteve sempre o tempo nublado não é necessário regá-la. As suas raízes devem secar 4h após serem regadas. Como normalmente fica um pouco de humidade no fundo do cachepot, em dias de sol essa humidade não é prejudicial, até é benéfica, mas no invernos ou dia húmidos é fatal. Bem muito mais haveria aqui para dizer, mas já começa a ficar muito longo. Ponham aqui os vossos comentários e perguntem o que quiserem, pois muito mais há para dizer. A Vanda coerulea é a mais fácil de cultivar, pois pode passar todo o ano no jardim desde que não apanhe geada. A minha costuma florescer duas ou três vezes por ano, mas como estão entregues às temperaturas que o ano dá, creio que por isso, que não tive no meu jardim um verão quente, vivo perto do mar, este ano não floriu! Está amarrada a um tronco de uma árvore que morreu, mas não se nota, pois outros arbustos foram crescendo à volta. Está virada a sul/poente mas o sol que bate nela vem filtrado por ramos de arbustos. Como prometi ontem vou noutro post falar sobre sobre Vanda, que na verdade são mais Ascocendas. Esta Vanda é mesmo uma espécie dos Andes., dai´suportar o frio. Rosa Maria Oliveira. Como as minhas vandas estão à temperatura mínima de 18º, eu adubo-as com muito pouco adubo, muito diluído, em cada rega. Claro que no verão rego muito mais vezes e no invernos só rego quando as raízes estão sacas, normalmente de três em três dias ou mais. Nunca o faço em dia de chuva ou nublado, espero por um dia de sol. Sim eu adubo as que estão dentro de casa todo o ano e em todas as regas, com adubo muito diluido
Ocorreu de novo um lapso e o meu texto desapareceu! Bem vou escrever de novo! Esta orquídea é muito gratificante pela rapidez do seu crescimento e pela grande quantidade de flores que dá e várias vezes ao ano. E ainda para a valorizar mais é perfumada.
Cultivo-a na estufa quente montada. Ela cresceu de tal forma que formou uma bola à volta da madeira , a qual já não se vê. Só se vêm raízes, por sinal muito branquinhas e com um ar que irradia saúde. Se estiver muito tempo pendurada no mesmo local sem ser mexida, as raízes agarram-se à parede com muita facilidade. Gosta de apanhar um pouco de sol. Se não apanhar não floresce tão bem. A minha apanha o sol de nascente e conforme o sol vai virando para sul também continua a apanhá-lo. Só nos meses de calor entre Abril, em alguns anos já tem de ser no fim de março, é que corro uma tela para tirar o sol e calor. Caso contrário permito que o sol entre, pois ele não queima e é mesmo benéfico para as orquídeas, assim como o é para nós. Como está montada, no tempo quente é regada todos os dias e por vezes duas vezes, nos outros períodos rego normalmente de dois em dois dias se estiver sol, pois se estiver nublado, verifico se as raízes estão secas e aí sim rego. As raízes da maior parte das orquídeas devem secar entre regas |
AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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