Este é talvez dos Catasetums que tenho o que mais gosto. Eles são oriundos de Trinidad, Brasil, Venzuela, Colombia e Equador. São plantas fáceis de cultivar, desde que se sigam umas certas regras. Como toda a orquídea tem um ciclo de vida que tem de ser respeitado. Normalmente quando se compram, especialmente nas exposições internacionais da A.P.O., os pseudobulbos vêm no seu estado dormente. Ou seja no seu ciclo estão no seu período de descanso. Como eles vêm usualmente em raiz nua, uma vez em nossas casas colocamos o pseudobulbo num vaso de plástico com substrato para epífita ou em cultura pet. Tenho os dois cultivos e não noto que um seja melhor do que o outro. Como o pseudobulbo está sem parte vegetativa, deve manter-se em dormência, não regando, estando num local mais sombreado e portanto mais fresco. Quando digo mais fresco, nunca pode ser menos de 18º, pois esta é uma planta de climas quentes. Quando começa a surgir um pouto verde, que pode ser o início de um pseudobulbo novo ou uma haste floral, então começa-se a regar, tendo o cuidado de não molhar o ponto verde. Muda-se o vaso para um local com mais luz e mais quente, com sol direto mesmo. Os meus que não estão em descanso, estão virados a sul e apanham o sol que lhes der. A partir da altura que eles deixam a fase de dormência deve-se regar muito bem. Não se deve deixar secar o substrato. De seguida temos de esperar com calma que a haste floral se desenvolva. Por vezes surge primeiro um novo pseudobulbo com as suas folhas finas e compridas e só mais tarde é que aparece uma haste floral. Após esta fase, as folhas amarelecem e caiem ou não. As minhas raramente caem. Se caírem voltam para o local de descanso e faz-se tudo como já expliquei, se não caírem continuam no seu lugar quentinho e pode ser que puxem mais uma haste floral.
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AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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