Hoje temos a Calanthe triplicata hibrid (white) que está a iniciar a sua floração. Tenho diversas Calanthes, pois além de ser uma planta muito bonita, pela sua folhagem, as suas flores duram muito tempo. Tenho mais experiência com as Calanthes de folhagem perene. É uma orquídea de crescimento rápido, o seu vaso vai aumentando às vezes mais depressa do que o desejado, pois quase todos nós lutamos com a falta de espaço. Gosta de estar sempre húmida e floresce mais do que uma vez por ano. Logo após a floração costumo colocar os vasos na estufa temperada, mas aí não consigo que dêm flor. Na estufa quente desenvolvem-se muito melhor. Um ano deixei dois exemplares todo o Inverno na estufa temperada e as folhas ganharam pintas pretas. Cortei-as e rapidamente se desenvolveram outras sem pintas, mas já com a planta na estufa quente. É necessário ir inspecionando a parte de trás das folhas, pois ganham cochonilha de algodão muito facilmente. Sendo bem controladas não tem problema e desenvolvem-se lindamente. As Calanthes de folha caduca gostam mais de frio. Podem-se cultivar no jardim. Enquanto estão a crescer, deve-se regar muito bem. Quando as folhas começam a ficar amarelas , diminui-se à rega e quando perdem as folhas todas deixa-se mesmo de regar, humedecendo de vez em quando o substrato para que os pseudobolbos não fiquem muito encurrilhados. Este procedimento é o mesmo que se usa para todas as orquídeas que perdem as folhas. Só quando começa a aparecer uma nova crescença ou botão é que se começa a regar regularmente de novo. Quando aqui falo de estufa quente, que isto não assuste os orquidófilos, de possuírem esta ou aquela orquídea. A nossa casa é rica em habitats diferentes. Temos zona Sul e Poente ou Norte e Nascente e a partir daqui poderemos organizar diversos habitats.
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Hoje vou mostrar a Brassavola glauca, também já denominada Brassocattleya Glauca. É uma planta muito interessante de tamanho médio, chega a dar flor três vezes em dois anos, não tem perfume. As suas flores têm uma consistência dura e chegam a durar 1 mês. As folhas da orquídea são bem mais consistentes do que as de uma Cattleya, adquiriram essa consistência das Brassovolas que têm as folhas teretes (em forma de lápis). Folhas rijas significa tolerância ao sol, desejo de muito calor. Pois esta orquídea está a ser cultivada na estufa quente apanhando o sol de nascente e poente. Isto porque tenho vidros virados a nascente, sul e poente. Mas o sol de sul é vedado por um toldo que também protege do calor. Está num vaso plástico transparente com substrato para epífitas, sendo regada com secagem entre as regas. A temperatura nunca desce dos 18 ºC, mesmo no inverno. No verão, chegam a atingir os 35 ºC nalguns dias mais quentes. A humidade também não desde dos 50%. Hoje vou mostrar o Bulbophyllum eberhardii. Este não tem qualquer perfume e é muito bonito pelo seu exotismo, particularidade muito comum nos Bulbophyllums. Todos os meus bulbophyllums estão a ser cultivados na parte mais fresca da estufa quente, ou seja, na prateleira mais baixa onde o sol não bate durante todo o dia. Este está em vaso de plástico transparente e desenvolve-se muito facilmente. Como cresce num rizoma com os pseudobolbos muito separados, cresce muito desordenadamente e é muito fácil de reproduzir. Alguns associados já têm filhos deste exemplar. Como os Bulbophyllums gostam de muita humidade tenho tido melhor resultado nos que estão em vaso, do que os que estão montados em cortiça, pois embora sejam regados todos os dias, à noite já estão completamente secos. O género que vos apresento é a Cattleya, espécie skinneri albescens. É uma orquídea fácil de cultivar que aumentou muito rapidamente. Não tem perfume. Eu cultivo-a em vaso de plástico transparente com substrato para epífitas. Está numa estufa temperada com a humidade entre os 70/80%, mas por vezes desce aos 50%. Esta estufa está debaixo de um pinheiro manso o que lhe permite só apanhar o sol de nascente e algum de poente, no entanto não tem a luminosidade suficiente para as Cattleyas, pelo que logo que vejo uma espata a despontar, levo a planta para a estufa quente onde a luz e sol é até demais e tem de ser cortado por um toldo térmico. Aí, as espatas desenvolvem-se muito rapidamente e os botões aparecem logo de seguida. |
AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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