Esta Cattleya bifoliar é de pequeno porte embora as suas flores sejam relativamente grandes - 12 cm. É natural do Brasil, mais propriamente da Baía, e gosta de ser cultivada em estufa temperada ou quente. Costumo deixar fazer o seu descanso depois da floração na estufa temperada mas, quando começa o seu período vegetativo, quando começa a aparecer um novo peseudobolbo, passo-a para a estufa quente para desenvolver bem a nova crescença e para puxar a espata que costuma ter duas ou três flores muito perfumadas. A consistência das flores é tipo cera, muito brilhantes e duram cerca de um mês. Não é uma Cattleya barata mas a sua beleza justifica o preço. No nosso mercado aparecem diversos híbridos com pintas nas pétalas e sépalas oriundas desta espécie.
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Esta é uma orquídea que cultivo em sol direto vindo de poente. As suas folhas teres indicam como ela gosta de calor e sol. É oriunda do Brasil da Mata Atlântica. Contrariamente a algumas indicações que se podem ver no Google eu não lhe dou sombra. Tenho esta orquídea há mais de 4 anos e dá flor mais do que uma vez no ano. Como tinha dois exemplares, coloquei um na estufa temperada com menos luz. Quase morria! Agora está na estufa quente a recuperar, mas ainda não deu flor. Como é uma planta que gosta de estar sempre húmida, o seu substrato deve ser de casca de pinheiro miúda misturada com vermiculite e pedrinhas. Eu uso pedra vulcânica. É uma orquídea de cultivo fácil, desde que lhe seja dado calor e sol. Esta é uma orquídea que vale a pena cultivar pelas lindas flores que produz. Podemos cultivá-la como uma Cattleya, mas o sol não a molesta. Pode apanhar todo o sol a qualquer hora. As suas folhas são muito duras um pouco enruladas e de um verde acizentado. Se não lhe dermos muito sol, não dá flor. Cultivo-a na estufa quente, pois como as suas folhas duras indicam, gosta de calor. É regada regularmente, pois com o sol a incidir sobre ela tem de ser regada mais vezes. Nos dias de sol, rego todos os dias. Logo que um pseudobolbo aparece, viro-o para a fonte de luz mais próxima, para se desenvolver melhor e criar uma espata. Aliás pratico este método com todas as Cattleyas. Não se deve colocar uma outra orquídea entre a fonte de luz e o lado do vaso donde está a sair um novo pseudobolbo. Se experimentarem este método, parece que se vê a pseudobolbo a crescer de dia para dia. Nesta altura deve-se adubar a orquídea com um adubo rico em P = fósforo para ajudar a desenvolver uma boa espata e logo botões e flores. Estas flores duram mais de um mês. Para que as flores das Cattleyas e Laelias durem mais, deve-se colocar a planta, depois das flores abertas num local mais fresco do que o que estavam anteriormente. Há 16 espécies de Zygopetalum mas, devido à sua beleza e popularidade, pois são de cultura fácil, têm-se produzido muitos híbridos. Esta espécie é oriunda do Brasil e América do Sul. Crescem muito bem em temperaturas amenas aguentando boas descidas de temperatura como os Cymbidiums. A temperatura ideal de inverno seria de 16 ºC de dia e 8 ºC à noite, mas as temperaturas podem descer mais, sem prejudicar a planta. O ideal é ser cultivado no jardim e ser resguardado das chuvas durante o Inverno. A diferença de temperatura do dia para a noite ajuda à floração. Eu, por comodidade, deixo-os ficar sempre no mesmo local. O que verifiquei é que estando virados a Norte ou nascente a luminosidade não é suficiente. Tenho tido melhores resultados cultivando-os virado a sul e a poente. Eles precisam de muita luz para florir. Uma das causas de um Zygopetalum não florir, é ter falta de luz, O substrato deve estar sempre húmido, mesmo no Inverno que a rega deve ser reduzida, nunca se deve deixar secar o substrato por completo. Ramon puedes usar el link www.lusorquideas.com/-blogue y logo tienes todas las informaciones. Publicita este link.
Já mostrei aqui outro Bulbophyllum, o eberhardi, vou só portanto acrescentar algumas dicas que talvez não tenha dito. Este género não tem período de descanso, daí crescer tão rapidamente. É vulgar ver-se um Bulbophyllum com flor e, ao mesmo tempo, um pseudobolbo a crescer. Como eles gostam de calor e muita humidade, o substrato deve ser mantido sempre húmido. Nestes dias de calor, rego-os todos os dias. O local onde estão, embora sombreado, chega a ter 35 ºC. O substrato que uso para eles, e com a intenção de reter mais a água, é o substrato que uso para seedlings, ou seja, casca de pinheiro e carvão em partes iguais partido miúdo, areão, perlite, em partes iguais também, mas metade das anteriores e um bocadinho de esfagno. Como a maior parte dos Bulbophyllums desenvolvem os seus peseudobolbos bem separados uns dos outros, ligados pelo rizoma, é muito fácil de reproduzir. Basta cortar o rizoma com dois ou três pseudobolbos e colocá-lo num vaso ou montá-lo em cortiça. Já me aconteceu de partir só um pseudobolbo e ele pegou lindamente, pois cada pseudobolbo desenvolve muitas raízes tornando-o independente. Este é um género fácil de cultivar e que dá muitas flores, desde que se tenha um local quentinho, sombreado e com humidade ambiente elevada. Laelia tenebrosa é considerada uma orquídea de fácil cultivo e indicada para principiantes. Embora esteja escrito que ela gosta da temperatura entre 16/29 ºC, este exemplar esteve sempre no jardim. Comprei-a pequena e ficou lá a crescer. Ela é uma unifoliar e cada pseudobolbo que dá juntamente com a folha é cada vez maior. Aliás, em quase todas as Cattleyas o último pseudobolbo deve ser sempre maior do que os anteriores. Nesta planta, o último pseudobolbo juntamente com a folha mede 80 cm. Este deu só duas flores, quando costumam dar 3/4, mas como foi a primeira floração, é habitual que isso aconteça. Esta orquídea esteve na exposição da Ajuda, tenho agora uma outra tenebrosa quase a abrir 3 flores, também uma primeira floração. A sua floração acontece entre a primavera e o verão, tendo um descanso logo de seguida. Começa a puxar um novo pseudobolbo pelo outono. Esta planta apresentou o aparecimento da espata em Dezembro pelo que, com medo que a chuva a estragasse, levei-a para a estufa quente onde começou a desenvolver-se muito mais rapidamente. As flores duram pelo menos 3 semanas, mas se a mantivermos num local mais fresco do que os habituais 30 ºC do Verão, pode durar mais tempo. A Bifrenaria harrissoniae é originária do Brasil, predominante na Mata Atlântica. Os pseudobolbos deste género são tetragonais saindo uma folha coriácia de cada um com cerca de 40 cm. As suas flores são muito vistosas, com aspeto carnudo e muito perfumadas. No Brasil florescem no Verão e Outono, aqui [Porto] tenho a minha agora em flor. Estou a cultivá-la todo o ano no jardim pendurada no jacarandá, virado a sul. Apanha um pouco de sol, mas muito filtrado pelas folhas do jacarandá. Este género não gosta de ser mexido. Não se deve multiplicar, nem alterar o local que foi estabelecido para ele. Por ter mexido neste exemplar, tive de esperar 5 anos até que voltasse a dar flor! Hoje, estou a mostrar a Cattleya intermédia vinicolor flamea que abriu há três dias. Esta, como muitas Cattleyas, tem que se esperar pelo menos três dias para que elas nos apresentam a sua cor real e se forem perfumadas, nos primeiros dias também não exalam o seu perfume. Esta é uma Cattleya bifoliar (saiem duas folhas do mesmo pseudobolbo) e aguenta temperaturas intermédias e até frias. Como todas as bifoliares só deve ser mudada quando estão a crescer raízes novas. Mudar uma orquídea logo após a floração também é errado, pois ela teve stress e gastou energias com a floração. Mudar uma planta também significa um stress para ela, portanto já seriam dois! Assim, devemos esperar que a parte vegetativa dê sinais de desenvolvimento e com ela o crescimento de novas raízes, então é a altura certa para mudar. Com as Cattleyas, o processo é um pouco diferente, pois há Cattleyas que começam a puxar novas raízes ao mesmo tempo que está a crescer um novo pseudobolbo. Diz-se que este pseudobolbo é independente, pois alimenta-se com as suas próprias raízes. Há no entanto outras que o pseudobolbo cresce, puxa espata, está a dar flor e só depois é que começam a crescer raízes. Este pseudobolbo cresceu com a ajuda dos pseudobolbos mais velhos, não é independente. Resumindo o mais aconselhável é mudar uma Cattleya quando se vê raízes novas a crescer. Dendrobium nobile montado no jacarandá. É esta a altura ideal para começar a colocar as suas orquídeas em árvores. Da minha experiência, o mais gratificante é o Dendrobium nobile branco. Não dá só uma floração anual, este meu dá 4 florações por ano. Como cada floração dura vários meses, vejo-o sempre em flor. Perante isto já coloquei mais exemplares na mesma árvore. Este jacarandá está virado a sul. Como é de folha caduca, quando está mais frio deixa entrar o sol sobre as orquídeas, o que elas agradecem para se recomporem do frio que passam à noite. Esta árvore tem também Oncidiums, vê-se um em flor, mas estes só florescem uma vez por ano, tem Cymbidiums, Cattleyas bicolor e a Cattleya drop chocolate. Todos se dão bem mas o Dendrobium nobile é quem se desenvolve mais. É necessário saber o proveniência da Masdevallia que queremos cultivar para lhe podermos dar o que ela necessita. De um modo geral todas gostam de sombra, muita ventilação e muita humidade na temperatuta é que está a diferença. Bastantes anos atrás, encomendei uma série delas, todas de clima frio. Errei, pois o nosso clima nunca atinge as temperaturas frias dos Andes e daí tenho-as no jardim no local mais fresco possível, mas elas não florescem. Temos de escolher espécies de clima temperado ou quente. Qualquer orquídea consegue adaptar-se melhor a um clima frio se ela é de um mais quente, do que adaptar-se a um clima quente se ela é de um frio. Estas duas Masdevallias estiveram na exposição de Lousada e sentiram imenso com a viagem dentro do carro quente. A ensata caíram-lhe as duas flores, mas para surpresa minha de uma haste floral está a puxar uma segunda flor e na outra não apareceu, porque com a viajem partiu. O substrato para este género é igual ao que uso para as outras orquídeas, mas muito mais triturado. Ele deve ser arejado, para a água não encharcar, mas deve reter bastante humidade, caso contrário as folhas começam a secar nas pontas. Masdevallia ensata Masdevallia tortoise |
AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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