LPara mim é muito difícil atualizar-me e deixar de chamar às Laelia purpurata Laelia. Segundo as novas regras as laelia brasileiras passaram a ser Cattleya e só as mexicanas é que continuam a ser laelia. Mas baseando-me no cultivo que pratico com umas e com outras é-me difícil mudar o que já está cá dentro há mais de 50 anos. Na verdade as cattleya unifoliares cultivo-as sempre mais resguardadas, pois gostam de mais calor, o que não acontece com as Laelia purpurata que sendo unifoliares podem passar todo o ano no jardim. A estrutura da planta é também diferente, pois as suas folhas unifoliares são bem mais compridas e estreitas do que as de outras Cattleya unifoliar. Como tenho exemplares muito antigos elas dão umas plantas bem grandes e muito desarranjadas saindo para todos os lados do vaso. Como estão todas penduradas em arbustos virados a sul/poente vão crescendo e não incomodam, mas se estivessem colocadas numa estufa não seria fácil de as armazenar. Elas estão todas, incluído esta espécie em vasos transparentes, alguns já bem grande com 30cm de diâmetro, e já não são fáceis de manejar pelo seu peso. Não significa isto que eu as regue muito, os próprios pseudobulbos com as suas folhas pesam muito. Nos meses frios não rego, mesmo que não chova, como acontece já há mais de três semanas. O orvalho da noite é suficiente para as humedecer e com o frio da noite o substrato deve estar seco para evitar a podridão negra e fungos. Neste momento tenho duas com espatas uma bem grande mas ainda não engordou e outra a aparecer no meio da folha. Quando o tempo está muito chuvoso e se quero que elas floresçam mais depressa, costumo pegar nelas e levá-las para a estufa quente onde a luminosidade é muito alta. Está lá uma desde Outubro com as espata muito espessa e já gorda mas parece estar estacionada. Há dias vi que na mesma planta surgiu um outro pseudobulbo e traz espata. Normalmente nestes casos, a primeira espata espera que a outra se desenvolva e abrem quase simultaneamente. Desta vez não vou trazer as que estão fora para a estufa quente, pois estou a tentar retardar o seu desenvolvimento para abrirem em fins de março para a exposição do Porto que é a 5,6 e 7 de Abril.
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AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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