Esta orquídea de pequeno porte mas com as suas flores proporcionalmente grandes é oriunda do sueste da China e aparece numa altitude até 1300m. As suas flores exóticas influenciam os orquidófilos a inclui-la nas suas coleções. Nos Paphiopedilum há pelo menos três variedades de folhas que nos podem orientar um pouco no seu cultivo. Os que têm a folha de um verde liso e são relativamente estreitas. Estes podem-se cultivar sem problemas no exterior e podem apanhar algum sol. O mesmo tipo de coloração mas com folhas bem mais largas, já gostam de um pouco de mais calor e finalmente os de folha marmoreada, como as do micranthum, não devem ser cultivados ao ar livre, pelo menos nas estações frias. Também os Paphiopedilum com este tipo de folhas gostam mais de sombra do que os outros.
Eu cultivo todos na estufa temperada, no inverno nunca desce dos 12º, na prateleira superior, que é portanto a mais quente. Sendo uma orquídea terrestre e sem pseudobulbos, gosta de ter o seu substrato sempre húmido, pelo que os meus estão dentro de tabuleiros que durantes as estações quentes acumulam o resto da água da rega. Não a tiro e só volto a regar quando essa água tiver desaparecido. Nas estações frias a água é retirada. Para ajudar a floração e para ajustar o substrato às necessidades deste género, ponho duas vezes por ano o pó de dolomite na superfície do substrato que vai sendo absorvido conforme as regas. O dolomite também é aconselhado para as Stanhopeas que se recusem a florir.
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AutoraGraziela Meister, Presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (Lusorquideas) Arquivo
Março 2020
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